sexta-feira, 23 de novembro de 2007

Teatro

Eu ontem fui ao teatro.
Um amigo meu convocou-me para ser testemunha abonatória num julgamento. Um julgamento a sério. Com juizes a sério, advogados a sério e delegados do Ministério Público a sério.
Compreendo, percebo, aceito e defendo os rituais instituidos nos julgamentos. O levantar quando entra o juiz, as fórmulas de cumprimento, etc. São importantes para manter uma certa áurea de importância em tal acto. No julgamento onde fui, éramos 3 testemunhas, dois médicos e um advogado, que deixaram de trabalhar para lá ir. Um réu que também não foi trabalhar. Todos nós recebemos as respectivas justificações de faltas para as entidades patronais. Mas não produzimos. Porquê? Para colaborar com a justiça no apuramento da Verdade.
Qual o meu espanto, que após uma hora de inquirições, perguntas e discursos do advogado de defesa, cabe ao juiz ler a sentença. Esperava eu que o dito se retirasse em reflexão, nem que por breves minutos, mas não. Sua meretíssima excelência começa a ler a setença, já previamente escrita. Se assim é, porque raio perderam produtividade uma data de trabalhadores? Perdemos tempo e dinheiro, testemunhas, réu, tribunal. Apenas um ganhou. O advogado de defesa, que recebe à hora...

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