domingo, 9 de novembro de 2008

O dia em que a Mamã marchou sobre a Capital!

Diz que 85% dos Mestres deste país resolveram invadir a Capital do Império. Lá do alto, César dita-os manietados por sindicâncias e partidarismos. Aflige-me tal interpretação conveniente primeiro porque insinua que a minha Mamã se deixa levar na refrega básica dos sindicatos (quando a última intervenção cívica de que há relato remonta, pasme-se, aos tempos da outra senhora) e, segundo, porque concluí que 15% dos Mestres deste país serão seus correlegionários políticos, esses sim, cidadãos de primeira àgua. Acontece que a Mamã até perfilhou das políticas prometidas pelo dito. Acontece que a democracia tem destas coisas inconvenientes do direito à opinião diferente e nada moverá mais montanhas que as ideias. Até quando o autocarro avariou se arranjou ao belo estilo lusitano a "boleia para a luta" nos outros que vinham de paragens distantes. E, sinceramente, duvido que tamanha mobilização se faça sobre os pés-de-barro da partidarite ou da sindicância. Pelo menos, cá em casa. Talvez na de César já se tenha marchado a outro trote, naquele da conveniência, naquele que se mostra a pensar no interesse subsequente. Mas nós, os do povo, marchamos quando sentimos. E foi o que, estou certo, grande parte desses 85% terão feito. Dos outros não rezará a história. Reformar a Educação, um dos pilares essenciais de qualquer país (e país é maior que estado) sempre foi complicado. Reformar a Educação com retoques de maquilhagem de mau gosto no rosto cansado de quem faz dela a vida é abusador. Principalmente numa altura de maus ventos como a que vivemos em que todo um globo se agarra à esperança de um novo tempo que diz que virá das Américas. Talvez Portugal também precise de um abanão assim. De voltar a ter o direito a sonhar. De não ter medo do jugo do superior hierárquico. De pensar. De ser criativo. De viver. Porque a última vez que este país deve ter sonhado foi na enebriação da revolução e nunca mais parou de falar desse sonho e de o reviver, noite após noite. E já lá vão quantos anos?

1 comentário:

Freddy disse...

Eu vou ensinar os meus filhos em casa...