sábado, 28 de julho de 2007

Amigos e "tu"

Hoje podia ter sido um dia mau. Não fossem vocês e "tu" seria seguramente terrífico. Ás vezes nem damos conta do quanto é bom ter a víuva como refugio e os amigos como ombro. Sem melodramas, sem histerias, sem esoterismos absurdos, o meu obrigado humilde e sincero. Porque vocês estiveram lá, estão aqui..

segunda-feira, 16 de julho de 2007

Curandeiro é preciso ter "galo"

Acendam-se as velas, queimem-se os toros nas acendalhas, atirem-se os búzios e joguem-se as cartas, espetem-se ferraduras nas portas e alhos porros nos alpendres, chocalhem-se espanta-espíritos e sacrifiquem-se as galinhas e os gatos pretos, reze-se aos deuses em sacrifícios rotulianos, tire-se o "13" da minha porta e realinhem-se os astros..

domingo, 15 de julho de 2007

porto

Há cidades mais que muitas mas a minha tem qualquer coisa. Se calhar é por ser minha. Rude e dura esta invicta não se dá a miudezas nem a mariquices quando lhe pisam os calos. Diz o que tem a dizer. Não se apaixona facilmente mas tem caminhos românticos perdidos onde nem a todos se entrega. Discreta e leal, afaste-se quando estiver mal disposta: esta terra ferve em lume brando. De tez sombria e escura, solta-se em sombras e recantos que repelem os curiosos. Mas quando se abre o crepúsculo fuja. Corre sério risco de se apaixonar com o coração que dentro de si esconde.

sexta-feira, 13 de julho de 2007

entranheza estranha

talvez a deixa fosse má
dita com a leveza de uma gueixa
há um encanto teu
cantado no canto que é só meu
Bate as asas e voa
é tão bom ver-te planar..

segunda-feira, 9 de julho de 2007

Da-lhe Palma!

Video do single "Encosta-te a mim"



Palminha de volta.. blog altamente recomendado:
http://www.bloguepalmaniaco.blogspot.com/

GUNA - Garoto Urbano Não Adaptado

Perfil:
- Boné com pala dobrada mas não vincada
- 1 ou mais brincos - muitas vezes encontramos argolas
- Sapatilhas " da moda ", preferencialmente com cores berrantes ( vermelhas ou amarelas )
- Alguns usam piercings nas orelhas e/ou nas sobrancelhas

Onde encontra-los:
- Na generalidade nos centros urbanos ou arredores. Sendo nas esquinas, cafés, esplanadas, playgrounds, numa rave perto de si ou numa claque de futebol os seus locais predilectos.

Linguagem utilizada:
- Tá-se
- Tá-se bem
- Brother
- Aperta aí um paiva
- Mica aquela dama
- Oh mano!
- Dá-me cenas! ;)

Como comunicar com eles:
- Algo que continua em fase de estudo, dependendo do bairro que são oriundos, da zona geográfica ou da cor do boné que usam.

Cuidados a ter:
- Extrema cautela e cuidado é necessário a ter contactando esta espécie, pois os seus comportametos diferem, acima de tudo, se os encontramos sozinhos ou em manada. Pois nesta espécie manifestam-se todas as teorias de comportamentos de massa.
Se for abordado por uma destas criaturas deve, em primeiro lugar recuar um passo e olhar-lo nos olhos, não se deixe intimidar. Em alternativa pode ser correr como se a sua vida depende-se disso! De referir que está espécie tem uma fixação por cigarros.

I HATE GUNAS!

terça-feira, 3 de julho de 2007

… ainda em Português!

Pegando no conceito de ‘mentalidade de atrapalhar’ de que se falava no post anterior, conto uma história que ouvi quando era ainda bem pequenina (… mais pequenina!) sobre a ‘mentalidade de criticar’...

Há muitos anos, numa aldeia de Trás-os-Montes, havia um velho moleiro que fazia a distribuição da farinha pelas povoações vizinhas.
Assim, uma vez por semana, o moleiro, ajudado pelo neto, carregava o burro com sacos de farinha, e lá seguiam para a venda.

Ao chegarem à aldeia mais próxima, passaram por um grupo de lavadeiras que lhes disse: ‘Oh Senhor, então o moço, com tão boas pernas, vai montado no burro, e o moleiro, já velho, é que vai a pé?

Envergonhados com o comentário, decidiram não parar ali. Trocaram de posições e continuaram em direcção à aldeia seguinte.

Aproximavam-se do adro da igreja quando um grupo de homens entretidos nas damas, gritou: ‘Olhem para ali, se tem algum jeito… um homem daquela idade a cavalo do burro, e a criancinha é que vai pé!!

Mais uma vez, surpreendidos pela observação, continuaram caminho sem fazer negócio, rumo à aldeia seguinte.

Desta vez, para evitar qualquer tipo de reparo, ambos viajavam a pé e o burro apenas transportava a carga.
Apregoavam o produto junto do café, quando ouviram os clientes que comiam tremoços na esplanada cochichar: ‘Grandes lorpas! Então vêm os dois a pé, e vai o burro folgado só com a farinha!

O moleiro e o neto nem ouviram até ao fim. Montaram os dois o burro e seguiram o mais rapidamente para a última aldeia da freguesia.
Atravessavam junto ao pátio da escola primária quando algumas jovenzinhas que ali jogavam a macaca, recriminaram: ‘Estão a atentar contra os direitos dos animais! Pobre burro que tem que carregar com os sacos e, ainda por cima, também convosco!!

Então, o velho e a criança, absolutamente baralhados com tudo quanto tinham ouvido, voltaram a casa, sem um único tostão!

A história é simples e popular, e ‘quem a conta, acrescenta-lhe sempre um ponto’. Através do tempo, conserva a moral, que saída da boca do povo, é tão majestosamente sábia como a que nasce da mão de qualquer Pessoa… Concluam a que muito bem entenderem! ;)

segunda-feira, 2 de julho de 2007

cair à terra

depois de uns dias/semanas/meses de ausência, apetece-me hoje mudar o tom intelectometafísico deste blog e ressabiar com as simples coisas do dia a dia.
se há coisa que me irrita neste mundo/país/hospital é o mau uso dos elevadores. quantas vezes já estiveram à espera de um elevador no 2 ou 3 piso para subir e este pára para descer. olham e vêm o elevador cheio de pessoas. este desce até à cave e quando volta para subir vem exactamente com a mesma meia dúzia de pessoas. conclusão: meia dúzia de burros, queria ir do 4 para o 6 e em vez de esperar pelo elevador em subida, mete-se já a atrapalhar e desce para que ninguém lhe tire o lugarzinho. entretanto, e principalmente neste hospital, macas, doentes em cadeiras de rodas o simples plebeus como eu que só quero ir para uns andares acima, tem que esperar por mais uma voltinha sem necessidade nenhuma.
mas que raio de mentalidade de atrapalhar. até já estou a imaginar...
"ai o meu lugarzinho..."
"vamos já mãezinha, é melhor descer e subir garantindo já o lugar e atrapalhar a vida de 20 pessoas com mais direito que nós, do que esperarmos nós pela nossa vês..."
a seguir vão ao café e pedem "duas natinhas" por favor com "uma meia de leite".

mas que mania de não sabermos respeitar os direitos dos outros. parece que temos que estar sempre a f*der alguém com medo que ele nos f*da.

se virem bem, alguns simplesmente não entendem mas outros só o fazem pk acham que alguém que está num piso abaixo o vai fazer. e então é melhor prevenir...

será esta a base do pensamento nacional de que estar sempre na retranca? será que vem daki todo o clima de desconfiança em relação ao próximo?
ou a mania que os outros tem sempre cunhas?
a vontade de culpar sp alguém quando algo corre mal, ou simplesmente quando não sabemos?

no fundo, será que a origem de todas as frases desculpatórias/inculpatórias do tipo: "... ai e tal porque eles isto..." ou "...eles é que..." "...há aí pessoal que..." tem origem numa paragem de elevador mal resolvida?

secalhar foi na má vontade de um transiente de elevador que tudo isto começou...sacana! mirrou-nos as mentes por 40 anos!