domingo, 27 de maio de 2007

Amores e Humores

De braços dados e costas desavindas lá vêm e vão os amores e os humores num corropio de looping de montanha de espaço de entertenimento supostamente infantil que entretem bem mais os mais velhos. Esses que pagam as mensalidades dos créditos mal parados para se mostrarem nas numerosas feiras de vaidades dos tempos contemporâneos. Confesso-me acrédito bancário e de crédito pessoal bastante questionável nas histórias dos amores. A culpa é dos meus humores. Humores que de tão instáveis se tornam imprevisíveis e que de tão inconstantes se tornam perturbantes até para o próprio. Humores que me tolhem a consciência com o peso de toneladas quando se remexe o tempo que já não volta atrás. Humores com a leveza de uma pena no vasculhar dos escritos antigos. Humores que se contradizem no mesmo instante. Humores que animam. Humores que ferem de morte. Humores que enlutam a alma ou humores que alegram os espirítos. São os humores... Piores os dos outros. Humores de amores que já foram. Humores indiferentes ou torturantes e vingativos. Humores que perturbam. Sempre. Ficam os amores presentes mesmo quando ausentes. Amores que elevam humores aos cumes da estupidez das joviais paixonetas. Amores que dão o sorriso parvo e fazem de ti o riso alheio. Amores que embriagam humores. Humores embriagados que acabam em amores. Amores que são o que parecem. Amores que nem parecem o que são. Amores de uma noite e amores de uma vida. Humores enebriados e humores sóbrios. Falsos humores e verdadeiros amores. Enfim... Amores e Humores.
Boa sorte com os teus.

2 comentários:

Fallen disse...

Gostei... Disseste tudo.

gobi disse...

Também acho que disseste tudo. Finalmente, algum dia tinhas de bater com os queixos num confessionário, nem que fosse um egocêntrico post metido a miguel torga. Médico e tudo. Ainda bem, já não te desejo o purgatório.