quarta-feira, 30 de maio de 2007

Greves

Será que não vamos nunca deixar de viver numa sociedade em que cada actor social lê os eventos sociais a seu bel prazer, sem o mínimo de rigor, sem objectividade, sem honestidade?

Greve hoje. 1h30 no carro para chegar ao trabalho. Percurso normalmente feito em 20m. 40m na pior das hipóteses, em caso de acidente. Muito tempo para ouvir a TSF. Muito tempo para me irritar com os dislates. Não sei o que me chateia mais. Se ouvir o ministro a dizer que tirando situações pontuais, todo o país está a funcionar com normalidade. Depois de termos ouvido o estado do trânsito em Porto e Lisboa, os metros que não funcionam, os cacilheiros, os transportes públicos em geral, uma data de grandes fábricas. São muitos pontos. É um deserto de pontos.

Mas o outro lado, do sindicalismo, também me irrita. Principalmente ter ouvido o 'saudoso' (aspas irónicas) Enf. José Azevedo, do sindicato dos enfermeiros do Norte, e antigo Director Enfermeiro do Hospital de S.João (HSJ) dizer que neste hospital ainda só tinha os dados do turno da noite, e que neste turno a adesão à greve ter sido de 100%. Apenas funcionaram os serviços mínimos. Urgência e apoio ao internamento. Pergunto, o que mais raio há a funcionar no hospital a essa hora (turno da noite)?

Estatística é a tortura que se faz aos números para eles dizerem aquilo que queremos. Temos de fazer uma Convenção de Genebra para os números. Temos de começar a ser mais sérios.

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