segunda-feira, 23 de abril de 2007

Através do ecrã

Há cerca de uma semana foi-me entregue um questionário, na aula de psiquiatria, para avaliar o grau de dependência da Internet, cuja pertinência fui constatando à medida que distribua as cruzes pelos diferentes quadrados.
Hoje, na sequência de uma notícia sobre um site criado por dois alunos de engenharia de computadores e telemática da Universidade de Aveiro que permite contabilizar, durante um mês, os navegadores na net em todo o mundo, decidi escrever este post... (um dia cinzento, portanto...). E porque é sempre mais substancial pensar o futuro com os olhos postos no passado, não resisti em pesquisar algumas páginas sobre a sua história.
Em resumo, a International Network foi criada por volta dos anos 60, no contexto da Guerra Fria entre EUA e União Soviética, com fins de transporte e protecção de informação à distância. Foi aperfeiçoada até se obter uma rede com diversos percursos e diversos códigos paralelos, capaz de conectar uma grande área da superfície terrestre, mantendo a segurança do conteúdo transmitido.
Até cerca dos anos 90 era praticamente usada com fins militares.
A partir desta altura, com a criação do World Wide Web, a Internet transformou-se num sistema global público, assumindo primeiro um papel revolucionário nas áreas industrial, informática, comercial, científica, educacional, administrativa, e posteriormente na interacção e relacionamento interpessoal.
E se as vantagens da Internet são inúmeras e incontestáveis, não deixa de haver um reverso da medalha.
Sobre os inconvenientes técnicos abstenho-me de falar delegando a tarefa aos mais entendidos. Refiro-me antes ao espaço que tem vindo a ocupar na rotina diária, não só como meio de acesso à informação, mas também como meio de relacionamento interpessoal.
E no que a inconvenientes diz respeito, tanto mais perigosos quanto maior a imaturidade do utilizador, enumeram-se desde o proporcionar contactos com desconhecidos, à disseminação dos mercados mais perversos ou simplesmente, à substituição do café depois de jantar com os mesmos amigos com que se têm intermináveis conversas pós-prandiais, no IRC ou MSN.
Mudam os rituais ao chegar a casa. O botão da TV ou da aparelhagem tem vindo a ser substituído pelo do PC ou portátil.
Pelo impacto crescente nas camadas mais jovens, já há escolas do ensino básico e preparatório, aqui no Porto, em que se rejeitam bibliografias retiradas da Internet, com o objectivo de preservar os hábitos de consulta de livros nas bibliotecas.

Que outras implicações futuras?

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