domingo, 15 de abril de 2007

Instantes decisivos

Por definição, aqueles momentos, mais ou menos dependentes do nosso livre arbítrio, que marcam um rumo a seguir.

Um comboio perdido, um despertador desligado, um café entornado… acontecimentos aparentemente insignificantes que têm o poder de mudar uma vida ao catapultarem uma sequência que eventos que conduzam ou afastem uma oportunidade de progredir na carreira, uma viagem de sonho, um grande amor…
Atribuam-nos a Deus, ao destino ou simplesmente ao acaso. Ocorrências tangentes, inesperadas, de que, na maioria das vezes, não conhecemos as implicações.
Ai, doce inconsciência…

Outros há que dependem exclusivamente da determinação da mente e da precisão dos gestos: um encontro propositadamente falhado, uma sms enviada, um sim, um não… Gestos simples, mas igualmente pujantes para comprometer o desfecho de um, ou dois, ou três, ou inúmeros enredos entrelaçados por um objectivo comum. Distinguem-se dos anteriores em consciência e intenção, num processo mais ou menos pacífico de avaliação de prós e contras para o ‘eu’ e, em função do grau de egoísmo de cada um, também para ‘o outro’.

Poucas são as certezas nesta dança de avanços e recuos. Nunca nos será permitido voltar no tempo ou saber o que teria acontecido se em vez da esquerda tivesse metido pela direita. São as regras de um jogo que pode ter recompensas muito grandes ou custos ainda maiores…

Escolhe-se, arrisca-se, conquista-se, perde-se, carregam-se umas culpas e libertam-se outras, choram-se lágrimas, largam-se gargalhadas… VIVE-SE!

Impossível evitar danos colaterais. A nossa natureza social, cruzada com a animal, a isso obriga no sentido da sobrevivência, a do corpo e da alma.

Para o Avô Abílio

2 comentários:

Francesinhus disse...

Posso dizer-te um segredo? A liberdade que pensamos q temos n existe de facto... Tem tudo a ver c o predestino... É tramado mas é verdade... Foi um grilo q mo disse! Parecido com o do Pinóquio!

alter ego disse...

Hummm... predestino... um conceito um tanto ou quanto claustrofóbico, mas chama-lhe o que quiseres...