quarta-feira, 11 de abril de 2007

Ó PAh.. que chatice...

Por muito que custe a alguns arautos da política nacional o cidadão José Sócrates foi eleito pela expressa maioria do eleitorado nacional. Por muito que custe a outros, nem foi eleito pelo seu programa eleitoral mas, especulo eu, pelo desalento de uma direita (qual direita?) que traiu toda uma nação numa jogada de troca de cadeiras que roçou o ridículo. Por muito que custe, um país ressabiado deu-lhe os plenos poderes de uma maioria absoluta para que, pelo menos durante uns tempos, o circo políticozinho nacional acalmasse as suas palhaçadas. Por muito que nos ou vos custe, ele é primeiro-ministro indigitado em eleições livres e democráticas. Não consta que se tenha candidatado por ser engenheiro, engenheiro técnico ou por ter um curriculum académico brilhante. A malta votou no "Zé" porque, em boa verdade, era a única solução credível. E nisto dos votos, o povo não é nada estúpido. Substituindo-se ao povo, talvez insatisfeitos por uma qualquer decisão que lhes é desfavorável, alguns opinion makers da portuguese press lançam-se como feras procurando os defeitos do "Zé". É óbvio que o homem deve estar cheio de podres. É humano.. ainda por cima político. Mas roça o pior mau gosto ver o que um site de um semanário hoje (ontem - 11 Abril) publicava. Umas folhas em pdf com todos os contactos e dados pessoais do cidadão primeiro deste país. Entretanto, talvez alguém se tenha apercebido da borrada imensa, e ressurge o supra-citado ficheiro já com os dados mais sensíveis apagados. Continua a burrice pois o primeiro ficheiro ainda existe. Enfim. Não estará o jornalismo português a um nível ainda mais baixo que o dos nossos políticos? E que interessa à nação lusitana se o Sócrates foi bom ou mau aluno? Se é licenciado ou bacharel? Se pedia o título de dr. sem o merecer? Por mim tanto se me dá. Desde que como primeiro ministro seja bom, eficaz e sincero. Não vasculharemos o seu passado numa caça às bruxas que mais parece um julgamento de carácter em hasta pública e cujas motivações não serão seguramente as melhores. Não desmerecendo as da especialidade, o jornalismo político português está ao nível das revistas cor-de-rosa. E não parece que tão cedo daí saia. É uma chatice.

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