domingo, 22 de abril de 2007

Volto já

Faço e refaço parágrafos de um texto que se pretende interessante e correctamente escrito...
Tenho o tema e as palavras certas. Falta-me a inspiração, e é como que se me faltasse o engenho no acto de transformação da matéria prima…
Lá fora, o sol e a luz que deliciosamente me queimam a pele, o cheiro da erva molhada a crescer, os chilreios que acordam da hibernação do Inverno, a cor das flores nos canteiros, a brisa que me despenteia os cabelos e infunde a sensação de frescura. Tudo isto me eleva à paz interior, e dissolve a inquietude, tristeza, desilusão, frustração, por que espontaneamente se move o meu punho no gesto terapêutico da escrita.
Gosto de manter a naturalidade no que vou fazendo e por isso aguardo o limiar claustrofóbico das obrigações profissionais, associado à programada inversão de sono estival, para recuperar a taxa de produção inicial.
Para bem e para o mal, sinto que não levará muito tempo…

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