sábado, 10 de março de 2007

ainda o princípio de Peter

E lá estamos nós a criticar e a ressabiar contra os Prof. Doutores. Embora possa concordar com o que os ilustres colegas dezem, não me parece ser esse o grande problema que nos assola e nos leva, pelo menos a mim, a ressabiar.
O problema está na juventude e no futuro que nos aguarda. a propósito do modo licela das assinaturas e do ano profissionalizante concordo contigo, não é esse o modo de ensinar em Universidade.
Contudo, atenta à seguinte questão que mostra a necessidade de se proceder aum controle tão rigoroso, sob pena de o ano nem ser profissionalizante nem ser absolutamente nada.
Em meados de 2005, com o início do ano profissionalizante, foi negociado um protocolo entre a FMUP e o INEM para que os alunos do 6 anos pudessem fazer estágios de 2 semanas no dito instituto durante os períodos dedicados às opcionais.
O INEM, estrutura de uma organização notável, entendeu que a assinatura desse protocolo não pressupunha só a disponibilidade para receber alunos "de vez em quando" mas que, com datas marcadas e preparadas, iria estar preparado para receber os 6 alunos, integrando-os nas suas actividades e disponibilizando recursos humanos para tal.
Pois bem, acontece que há já 2 "blocos" que o INEM está um pouco zangado porque, ao que parece, os alunos que se comprometem a ir, não são de uma assiduidade questionável, levando ao natural desperdício de recursos de uma entidade que assinou tal protocolo como acto voluntário.
Há uma natural crise de valores na nossa juventude. A mim, que não sou transmontano mas minhoto, que é parecido sempre me ensinaram que não quebra um compromisso porque sim, e se as coisas correm mal, somos sempre os últimos a quebrar.
de facto, o que se assiste hoje em dia nas camadas mais jovens é a um fugir de responsabilidades que, ao que parece, se pode justificar com os actos menos correctos do hirarquicamente superior. Não que seja o caso do INEM mas imaginemos que eles até eram antipáticos.
Para muitos isto é um motivo para não por lá mais as "patas" porque a "mim ninguém me fala assim.
para mim, a função da geração jovem é ser um motivo de mudança, projectar a sociedade de amanhã. mas parace que o k está a dar é fugir pk não se gosta.
ainda me lembro, quando há alguns anos era caloiro de vários grupos académicos.
Como é obvio houve muita "mer.." que não me caiu bem, muitas vezes em que achava que o grupo não funcionava bem, etc...
Contudo sempre aceitei para que, um dia mais tarde, pudesse ser eu a mudar alguma coisa. Que moral teria eu para criticar se fosse embora a fugir a sete pés?
Estranho que, hoje em dia, a muitos ( e eu tb) dos que como eu criticaram (alguns k sairam, outros k ficaram) os vejo cometer alguns dos mesmos erros que no pssado nos tiravam o sono.
estranho tb, que numa altura em k tudo é mais fácil, principalmente a comunicação, se comunique menos, pelo menos em qualidade.
não sei, parece que se perderam alguns valores do passado, como a amizade e o gosto pela mudança.
mas sobretudo o compromisso, esse é k se perdeu...hoje em dia parece k há sempre uma desculpa para tudo...

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