domingo, 11 de março de 2007

o livro e a internet

Poderá a Internet substituir o livro? Muitos afirmam que estamos na sociedade do conhecimento, que as tecnologias da informação vieram trazer o conhecimento globalizado. Não falo do conhecimento técnico mais específico, porque esse sim está mais divulgado, falo daquela cultura geral que faz as pessoas ganhar um “quer quer ser milionário” ou “1 um contar todos”, ou mais simplesmente ter um "tête à tête" mais refinado.
O tipo de conhecimento que qualquer Dr., vulgo licenciado, devia possuir. Como irmão mais novo herdei do meu irmão, além das roupas e da mobília do quarto, uma mão cheia de livros da década de 80, seja de ficção como "os 5 de Byron" (pessoalmente sempre preferi o nacional e consequentemente a obra de Ana Maria Magalhães e Isabel Alçada “Uma aventura”) como de temática geral, um género que não sei descrever muito bem, (secalhar porque já não se edita) mas que tratava de uma forma não muito pesada, própria das enciclopédias, de questões mais ou menos importantes para a formação pessoal. Lembro-me perfeitamente do nome dos meus preferidos: “Resposta a Tudo.”
Se bem que almejava mais do que era possível para duas centenas de páginas, ainda hoje quando raramente vou de fim de semana a casa, os encontro no quarto e lhes dou uma vista de olhos para refrescar a memória,p.e, agora que está em voga, quais eram as sete maravilhas do mundo antigo.
Penso que este tipo de livro, especialmente importante na adolescência, morreu. E a internet, embora com um potencial muito maior, tende a ser utilizada para uma pesquisa mais dirigida, deixando para segundo plano aquilo que ninguém se lembra de procurar mas que permite aos ditos cujos de ganhar umas massas no quem quer ser milionário.
Para além disso o livro tem algo que a internet nunca terá, que é a capacidade de se fazer ler, mesmo quando não nos apetece muito, enquanto a internet nos desvia facilmente para sites "menos fidedignos".
. Haverá quem ganhe um concurso deste tipo daqui a 30 anos?
Estarão os tête a tête mais refinados condenados a ser substituídos pela discussão e apreciação da discoteca do momento?

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