domingo, 4 de março de 2007

Quem come quem?

Ainda que precise de ‘muita sopa’ para chegar ao nível dos ilustres Ressabiados deste blog, não tenho resistido a mandar uns bitaites… :P
Com este meu ‘ressabiozinho’ desvio-me um pouco do que parecia ser a linha temática das intervenções… mas como este é um blog ‘com estrutura horizontal e espelhado na mais pura das anarquias’, aqui vai…

Durante este último século assistiu-se a uma mudança muito significativa no que diz respeito ao casamento e aos valores familiares, fundamentalmente motivados pela viragem do papel da mulher na sociedade. Dos factos históricos envolventes, destaco a emancipação feminina, que atingiu o auge por volta dos anos 20; a publicação da lei do divórcio, no decreto de 3 de Novembro de 1910; o declínio do poder da Igreja Católica na sociedade desde então.
Mulheres a trabalhar fora de casa (e cumulativamente dentro dela, na maioria dos casos), a frequentar universidades (1ª mulher licenciada em Portugal a 1913), a casar e a ter filhos mais tarde, e… a ressabiar! A posição masculina, essa manteve-se mais ou menos inabalável até às últimas décadas, altura em que efectivamente começou o boom cor-de-rosa a nível profissional, administrativo, político, académico...

Protela-se o abandono do ninho dos pais, adia-se o casamento e a parentalidade. Em contrapartida, os relacionamentos interpessoais são mais permitidos e mais permissivos. O casamento, que simbolicamente é uma aliança eterna, ‘na alegria e na tristeza, na saúde e na doença’, está condenado a uma esperança média de vida de cerca de 10 anos, e tem vindo a ser preterido pela união de facto.

As modalidades de relações a dois são cada vez mais diversas e existem para todos os gostos. Abstenho-me de as descrever. Fá-lo-ia por defeito… decerto que muitos tipos me ultrapassam em imaginação.

Fala-se em evolução das mentalidades… Um pretexto como outro qualquer! Aceito-o, desde que na presença de maturidade, vontade, respeito e verdade. Desta forma, acredito que todas as relações possam ser boas.
Na prática, observam-se, cada vez mais, jogos de sedução, ‘pelo prazer de jogar’, que roçam no que de mais biológico, para não dizer animalesco, há no ser humano. Machos encantados por contornos e formas, consumando o legado genético de disseminação da espécie; fêmeas tentadas por promessas, na forma de poesia ou prosa, sms ou msn, seleccionando o progenitor que mais lhes convém.

Que mais dizer desta tendência ou moda ‘canibalesca’, em que anda ‘meio mundo a comer outro meio’?


… a falta que o lado esquerdo faz…

2 comentários:

Freddy disse...

Espero que ninguém da Opus Dei leia este post... Sujou, né? ;)

alter ego disse...

À biologia e à genética ninguém escapa... ;)