segunda-feira, 12 de março de 2007

O efeito borboleta

O caos… Número infinito de sinais que lemos e armazenamos no fundo do iceberg sem codificar. Cada olhar desviado, cada gesto captado em câmara lenta em unidades de tempo, cada sorriso escondido, cada rubor mal disfarçado, cada passo inseguro, cada acenar desajeitado… A verdade de nós, e dos outros em nós, que guardamos no lado de lá do ‘eu’, sem saber. Espaço interdito por ordem de um juízo superior, só acessível quando docemente adormecidos. Lei de sobrevivência connosco próprios.

Teia gigante de comunicação estabelecida em séries de 2 pontos, cada eu e cada tu, em transmissão constante e recíproca. A minha verdade relativa que é mentira absoluta. De novo, o caos…
Ping-pong de significados e significâncias que inexplicadamente se traduzem na dor das vísceras ou em gestos requintados, impulsivos, pressentidos, intuídos.
Actos… Actos palpáveis que materializam resultados de equações de que não conhecemos fórmulas nem premissas. Actos, julgados pela razão, a nossa e a dos outros, que sentencia pesar ou recompensa.

O caos… O caos de ti para mim, que me faz sentir, em verdade relativa, as tuas dores e as tuas recompensas. O caos de mim para ti, que ao sabor da aleatoriedade dos significados e significâncias, nos coloca mais longe ou mais perto.

Dejá vu…

2 comentários:

Freddy disse...

Foi aqui que pediram um Porto Ferreira?

alter ego disse...

Qual Porto Ferreira?... a frio!!!