terça-feira, 27 de março de 2007

Histórias de amor e ódio

Pergunto-me o que de magnético existe na ambivalência de amar e odiar alguém, ou amar alguém e odiarmo-nos por isso.

Relações desiguais, em que uma das partes se esgota em favor do outro, na tentativa de lhe proporcionar o melhor ou aquilo que considera ser melhor… um porto de abrigo… conteúdo para um continente de capacidade universal, que se perde no desvario da busca do incógnito, e com isso suga, dia após dia, a seiva que ao outro alimenta o corpo e a razão.

O que faz com que se escolha, a cada momento, ficar junto de alguém que se conhece bem demais e cujos defeitos, numa continuidade indefinida com o feitio, abominam até à corrosão visceral?... O que move o ser humano nestas frentes inglórias de querer contrariar a natureza de alguém no sentido da adaptação social... ou conjugal?

Qual sentimento transcendental capaz de sobreviver à aridez do deserto de cada encontro falhado, ou às intempéries do oceano de lágrimas em cada verdade decifrada na mentira dos gestos?

Conflito insolúvel entre a liberdade do ‘eu’ e a comunhão da pureza de uma aura selvagem, por si só destinada a perder-se na imensidão do sensorial...

2 comentários:

Francesinhus disse...

Deste uma ideia para um post que vou escrever amanhâ... Curto e simples... Ah, e sério!

alter ego disse...

... a BRANCO, por favor! ;) lol