sábado, 10 de março de 2007

sobre as calças de cintura baixa

quem diz que as mulheres não são os maiores determinantes da cultura? não a cultura profissional, mas a cultura brejeira que se aprende em cafés e tertúlias mais ou menos etílicas

Se tiver que escolher algum acontecimento marcante da minha adolescência e da sociedade em geral ele é sem dúvida a generalização do uso das calças de cintura baixa pelos elementos do sexo feminino da nossa sociedade.
de facto, muita coisa mudou. não sei se fui eu que cresci muito nessa altura, mas de repente os temas de conversa passaram a ser mais restritos. não se percebe, mas o futebol, a mega drive e o celerom 100o mghz.
de repente, toda a gaja que antes parecia fora do baralho passou a ser sofrível, uma espécie de valorização instantânea só possível como verdadeiro toque do "nip e do tuck" ou do "doutor preciso de ajuda".
e com isto tudo muda, a percentagem de glúteos alvo de reflexão por parte da companhia passou a ser tão grande que parece que já não havia tempo para falar de mais nada.
e apesar de já se passarem alguns anos sobre o sucedido, os mais velhos ainda não conseguiram eskecer o que foi o desaparecimento das Levis 501, heavy e as míticas city jeans, e o aparecimento desta nova forma de custura.
enfim, parece que se mantém mais sensíveis ao velho "sofrível".

tb os penteados artísticos vieram aqui a ter um papel fundamental. Mas aqui o pior aconteceu! alguns dos que, desde novos se habituaram ao velho corte de escovinha, adoptaram este estilo proveniente da mulher pós-moderna...

Mas a riquesa cultural das conversas masculinas ainda sobreviveu até que um duro golpe as matou de vez. O String...
ai tornou-se impossível conversar sem distracção. a mais séria discussão tendia a ser interrompida por uma fisga mais descuidada que, além de interromper o raciocínio cortava todo o ambiente de seriedade e passava, instantaneamente, como uma moção em assembleia geral, a ser o assunto de imediato.

e depois o apareco«imento das macro-discotecas, onde não se fala nem se faz nada...mas e porquê? porque há o estigma. gaja que se preze não se deixa sacar numbarzeco da ribeira...náaaaa.
disco, que tem muit mais stile e é como nos filmes de adolescentes

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