domingo, 4 de março de 2007

O Direito ao Usufruto Proíbido

Permita-me, senhor Alter Ego, que venha por este único meio comunicar-lhe o meu desacordo com as palavras que V. Exa. neste blog postou. O comportamento humano, fantasiado carnavalescamente por córtices associativos, tem como pedra basilar o que de mais animalesco por aí existe. A negação desta génese, que das suas palavras se depreende, corresponde à mais pura das hipocrisias mas também não se esperaria outra coisa de um AlterEgo funcionante onde neste "outro eu" dois princípios batalham selvaticamente: o racionalismo a que se obriga e o empirismo experimental do dia-a-dia onde vai beber as suas sábias palavras. A verdade é que, desde sempre, o homem (masculino ou metrossexual apendiçado) preferiu o usufruto da forma ao explendor do contéudo. No vislumbre da fêmea, endereça o seu olhar para o rosto (avaliando a dimensão das maxilas e mandíbulas excluíndo algumas pelo ar masculinizado), mamas (para amamentação) e quadris (avaliando os diferentes diâmetros, seleccionando as pelves ginecóides que permitam um parto tranquilo). Pouco lhe importa a profissão ou estatuto profissional, o grau académico ou o Quociente de Inteligência. Assim surge o Paradigma da Gaja Boa (PGB) vigente desde tempo imemoriais. Diz-se daquela com "boas mamas, bom rabo e com carinha laroca". Impõe-se a tónica na forma e ao seu Usufruto temos direito. Mais a mais, quando são elas a instigarem o que demais primitivo existe em nós apendiçados, senão deleite-se a apreciar a calça de cinta descida, o top rasgado da moda e toda a panóplia de pendericalhos (qual faisão a pavonear-se) com que se nos aparecem. E nestas coisas, ou comem todos ou há moralidade. Negar o PGB com as recentes conquistas femininas (quantas delas não terão sido feitas na horizontal..) é a prova provada que as mulheres se encontram num beco sem saída. Alcançaram o poder mas continuam a produzir-se respondendo ao secular impulso da procriação e maternidade e, às páginas tantas, desconhecem se o conquistam por mérito ou pelas frutuosas formas. Por aqui, não moralizarei por não ter moral. Mas também defenderei o direito ao usufruto.. especialmente o proíbido!

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